Perereca Albina

domingo, julho 29, 2007

Carta de uma mãe Portuguesa para seu filho...

Querido filho,

Te escrevo para que saibas que estou viva. Escrevo bem devagar porque não sei se tu já sabes ler rápido. Bom, não vais mais reconhecer a casa quando vieres, porque a gente se mudou. Finalmente enterramos teu avô. Encontramos o cadáver na mudança; estava no armário desde daquele dia em que ele ganhou da gente brincando de esconde -esconde. Hoje tua irmã, Júlia, teve um filho, mas como ainda não sei se é menina ou menino, não posso dizer se você é tio ou tia. Teu irmão José fechouo carro com a trava e deixou as chaves dentro, teve que ir lá em casa para pegar a chave duplicada e só assim pode tirar todos nós de dentro do carro. Esta carta de mando por Manolo, que vai chegar de surpresa para aí. A propósito, será que podes pega-lo no aeroporto? Se encontrares D. Maria, dá um alô de minha parte, caso não encontres, não precisa dizer nada. Tua mãe que te ama.

P.S.: Eu iria te mandar dinheiro, mas já fechei o envelope.
-------------------------------------------------------------

Resposta do filho à mãe

Querida mamãe,

As coisas não vão indo bem aqui no Brasil. A minha esposa Maria, que aliás também é tua nora, ficou adoentada e a levei para o ginecologista. Imediatamente, ele nós perguntou se tínhamos orgasmo. Fomos embora na hora, pois como você já sabe nó só temos Unimed. Se não bastasse isto, teu filho, eu, é um fracasso nos negócios. Primeiramente comprei um táxi, mas não consegui nenhum passageiro. ainda bem que Maria é companheira, imagine que ela sempre estava me acompanhando no banco do passageiro. o apoio dela é fundamental. Então fui trabalhar numa loja de carros e fui despedido logo no primeiro dia. Imagine só: para cada Uno vendido, eu dava um Prêmio de presente... ainda estou sendo processado por furto! Arrasado, tentei outro emprego, desta vez em uma loja de tecido na 25 de Março. As coisas não estavam indo bem e o Sr. Assad (dono da loja) me pediu que fizesse uma "queima de estoque". Não entendi, mas ordens são ordens. Queimou o quarteirão inteiro, fui despedido e falaram que a culpa era toda minha, razão pela qual estou respondendo a tentativa de homicídio e por destruição de patrimônio. E, se não bastasse tudo isso, acabei com o pouco dinheiro ao comprar uma caixa de naftalinas para matar baratas que andam pela minha casa. O problema é que minha pontaria é um droga e não consegui acertar nenhuma. Aí eu fui conferir o jogo na Supersena e me ocorreu algo engraçado: eu sempre perdia. Ao conferir o jogo, descobri que tinha empatado. Joguei o bilhete fora, ora pois, será que algum dia eu vou ganhar? Te escrevo agora da prisão, pois levava Maria para passear e meu furgão foi abordado por um policial que me pediu os documentos da Besta. Imediatamente, dei meu passaporte. Não é que o guarda me ofendeu e pediu então o documento da Perua, ao que dei o passaporte de maria. Não é que o tal guarda ficou nervoso e me ordenou que saísse do carro e colocasse a mão na cabeça... Mamãe eu juro que não tive culpa que a peruca dele caiu. O homem ficou uma fera! Mamãe, quem me trouxe esta carta foi a mulher de Manolo, a propósito não vou poder pegar Manolo no aeroporto, pois estou na cadeia, mas peça para ele me aguardar, que quando eu sair daqui vou buscá-lo lá mesmo no aeroporto.

Um beijo do seu eterno,
Joaquim Manoel.

Marcadores: ,

0 Comentários:

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]



<< Página inicial